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segunda-feira, 15 de março de 2021

Revolução de 1930 - Acervo enviado por Mariana Nany - Tropas de Barbacena MG. Resumo sobre a revolução de 1930 Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da República Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha ... sob alegação de fraude eleitoral. Também contribuíram a favor do movimento, o desgosto popular em função da crise econômica de 1929 e o assassinato do político paraibano João Pessoa. Até 1930 a política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais e São Paulo, por meio de eleições fraudulentas e que mantinham o país sob um regime econômico agroexportador. As elites paulista e mineira alternavam a presidência da República elegendo candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema político ficou conhecido como "política do café com leite" ou política dos governadores. O modelo funcionou até os demais estados brasileiros crescerem em importância e reivindicarem mais espaço no cenário político brasileiro. Por outro lado, a Crise de 1929, atingiu a economia brasileira, provocando desemprego e dificuldades financeiras. O fato do Brasil ser um país de monocultura cafeeira fez que a crise fosse profunda, pois as exportações do produto caíram vertiginosamente. A crise econômica contribuiu para o clima de insatisfação popular com o governo de Washington Luís. Igualmente, havia o descontentamento de oficiais de baixa patente do exército, os quais desejavam derrubar as oligarquias e instaurar uma nova ordem no Brasil. Devemos lembrar que os tenentes já haviam mostrado seu desagrado com a situação política brasileira através de episódios como a Revolta do Forte de Copacabana ou na Revolta Paulista de 1924. Veja também: Política do Café com Leite Eleições Presidenciais de 1930 No início de 1929, Washington Luís nomeou o presidente de São Paulo, Júlio Prestes, como seu sucessor. Esta medida foi apoiada por presidentes de 17 províncias. A indicação de Júlio Prestes rompia com a alternância de poderes entre Minas e São Paulo, por isso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, não deram suporte à Prestes. Estas províncias se aliaram aos políticos de oposição e criaram a Aliança Liberal. Desta maneira, os candidatos desta agrupação foram o presidente do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas e, para vice, o presidente da Paraíba, João Pessoa. Tudo parecia indicar a vitória de Júlio Prestes e assim aconteceu. Nas eleições realizadas em março de 1930, Júlio Prestes foi eleito com grande maioria de votos (1.091.709), contra 742.794 de Getúlio Vargas. Diante dos resultados, a Aliança Liberal alegou fraude e rejeitou a validade das eleições. Assassinato de João Pessoa. Pouco tempo depois, em julho de 1930, João Pessoa foi assassinado pelo advogado João Dantas (1888-1930) em Recife. Acredita-se que o crime tenha ocorrido por razões pessoais e ligadas à política paraibana, mas a morte do candidato a vice-presidente transformou-se numa questão nacional. A indignação toma conta do país. Mesmo sem apoio, o presidente Washington Luís não pretendia renunciar ao poder. Assim, em 3 de outubro os militares liderados por Getúlio Vargas, no sul, e Juarez Távora (1898-1975), no norte, convergem para o Rio de Janeiro. Ao chegarem na capital, forma-se a Junta Governativa, pelos três ministros militares Tasso Fragoso, Mena Barreto e Isaías de Noronha. Diante dos militares, Washington Luís declara que só sairia do cargo preso ou morto. Imediatamente, a Junta Governativa o prende e o leva ao Forte Copacabana, onde permaneceria até novembro e dali partiria para o exílio na Europa. Com isso, Getúlio Vargas tornou-se chefe do Governo Provisório com amplos poderes, revogando a constituição de 1891 e governando por decretos. Da mesma forma, nomeou seus aliados para interventores (governadores) das províncias brasileiras. Governo Provisório de Vargas Os aliados de Getúlio Vargas esperavam que o novo presidente convocasse eleições gerais para formar uma Assembleia Constituinte, mas o assunto era sempre adiado. Cansados de esperar, várias vozes começaram a criticar o governo provisório como o partido comunista, a Aliança Nacional Libertadora, os paulistas, etc. Em São Paulo, cresce o movimento pedindo eleições presidenciais e uma Constituição. Diante da negativa do governo central e do aumento da repressão policial, o estado de São Paulo, declara guerra ao governo no episódio que será conhecido como a Revolução de 1932. A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma revolta ocorrida no estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma Constituição.O dia da Revolução Constitucionalista é celebrado em 9 de julho e é feriado no estado de São Paulo. Causas da Revolução de 1932 A Revolução de 1930 depôs o presidente Washington Luís (1869-1947) e impediu a posse do paulista Júlio Prestes (1882-1946), levando Getúlio Vargas ao poder. Embora tivessem perdido sua hegemonia política, os paulistas apoiaram Vargas com a esperança de que ele convocasse eleições para a Constituinte e presidente. No entanto, o tempo passava e isso não acontecia. Desta maneira, uma forte oposição ao governo Vargas foi iniciada pelos fazendeiros paulistas. Além disso, houve também grande participação de estudantes universitários, comerciantes e profissionais liberais, que exigiam convocação de eleições. Assim, no dia 23 de maio de 1932, aconteceu um ato político a favor de eleições, no centro de São Paulo. A polícia reprime um grupo de manifestantes e causa a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. O fato revolta a sociedade paulista e as iniciais dos jovens - M.M.D.C. - tornam-se um dos símbolos do movimento. Resumo da Revolução Constitucionalista de 1932 Para muitos historiadores, o termo "revolução" para o movimento constitucionalista de 1932 não é o mais adequado. Isso porque foi um movimento planejado pelas elites, cabendo melhor o termo "revolta" para descrevê-lo. De qualquer forma, a Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista foi o primeiro grande levante contra a administração de Getúlio Vargas. Também o último grande conflito armado ocorrido no Brasil. O movimento foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia dos estados garantidas pela Constituição de 1891. Os insurgentes exigiam do Governo Provisório a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de eleições para presidente. Mobilização pela Revolução Constitucionalista A revolta se iniciou no dia 9 de julho e foi liderada pelo interventor do estado - cargo equivalente ao de governador - Pedro de Toledo (1860-1935). Os paulistas fizeram uma grande campanha usando jornais e rádios, conseguindo mobilizar boa parte da população. Houve mais de 200 mil voluntários, sendo 60 mil combatentes. Por outro lado, enquanto o movimento ganhava apoio popular, 100 mil soldados do governo Vargas partiram para enfrentar os paulistas. Combates militares. Os paulistas esperavam o apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. No entanto, ambos os estados não aderiram à causa. Em pouco tempo, São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital, se viu cercado de tropas federais. Assim, apelaram à população para que doasse ouro e pudessem comprar armamentos e alimentar as tropas. No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de outubro de 1932, sendo os últimos enfrentamentos ocorridos dois dias depois da rendição paulista. Em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, as tropas paulistas se rendem ao líder da ofensiva federal e no dia seguinte, 3 de outubro, assinam a rendição. Consequências da Revolução Constitucionalista Foi registrado um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2200 falecidos. Apesar da derrota no campo de batalha, politicamente o movimento atingiu seus objetivos. A luta pela constituição foi fortalecida e, em 1933, as eleições foram realizadas colocando o civil Armando Sales (1887-1945), como Governador do Estado, em 1935. Igualmente, em 1934 foi reunida a Assembleia Constituinte que faria a nova Carta Magna do país, promulgada no mesmo ano. Esta seria a mais curta das constituições que o Brasil já teve, pois foi suspendida com o golpe que instituiu o Estado Novo, em 1937. Até hoje, o dia 9 de julho é uma data comemorada por todo estado de São Paulo e lembrada em diversos monumentos. O 'Obelisco do Ibirapuera', por exemplo, é o monumento funerário do movimento e abriga os restos mortais daqueles que morreram da revolução. Ali também estão os corpos de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo






















 

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